SÃO TUAS LÁGRIMAS O MOSTO

© Joaquim Marques


As lágrimas que saem dos teus olhos,
Ao rolarem nas vertentes do teu rosto
Em dias de consternação, são antolhos...
Que reflectem o sentir do teu desgosto!


Como sumo de uvas, sem fermentação
De um néctar divino, elas são, o mosto...
Depois de vazadas em dois copos, vão
Fermentar! Nossas bocas, sentirão o gosto!


Na mesa uma garrafa de bom "Porto"!
Ao lado, dois copos com o néctar divino...
Ao fundo, as vertentes, onde cresce o vinho!


Nesta conjuntura, descobri teu gosto
Ao provar esse néctar, divisei então...
Serem tuas lágrimas... Desse vinho, o mosto!




Portugal
2007