RIO POLUÍDO

© Joaquim Marques

  
Que água barrenta, corre neste rio
É terra dos montes, que a chuva arrastou
E as flores dos campos, consigo levou;
Nos vales, agora, é só neve e frio.


O Estio se foi e, o calor ardente
O acompanhou! Mudaram os tempos
E para o povo, os contratempos…
Tão logo apareceram, num repente.


A ordem no tempo já é conhecida
Mas as pessoas, o mundo postergam
E o céu, parece, tudo ignorar…


As opiniões são tão esbatidas...
Que nossos olhos apenas enxergam
Nas águas do rio, cinzas a boiar…



PORTUGAL
2012